Governo reedita clássico de Palmyra Wanderley e celebra poesia potiguar

Nova edição de Roseira Brava foi lançada na Pinacoteca

Governo reedita clássico de Palmyra Wanderley e celebra poesia potiguar

O Governo do Rio Grande do Norte resgata a memória literária potiguar com o relançamento do livro Roseira Brava, da poeta Palmyra Wanderley, na noite desta quinta-feira (19), na Pinacoteca do Estado, em Natal. Publicada originalmente em 1929, a obra, reconhecida como um marco do modernismo potiguar, retorna em edição revista e ampliada, reafirmando a relevância da autora na literatura brasileira.

Presente ao relançamento da obra, a governadora Fátima Bezerra destacou a importância do resgate cultural.

“O relançamento de Roseira Brava é um marco para a cultura potiguar e para a valorização de nossa história literária. Palmyra Wanderley é um símbolo de resistência e inspiração, e esta nova edição faz justiça ao seu legado, mostrando que a literatura é uma força viva na construção da nossa identidade. É com grande orgulho que nosso governo realiza essa iniciativa, reafirmando o compromisso com a democratização do acesso à cultura.”

A nova publicação é fruto de uma parceria entre o Departamento Estadual de Imprensa (DEI-RN) e a Fundação José Augusto (FJA), consolidando a retomada do parque gráfico estadual. A edição traz os textos originais de 1929 e 1965, complementados por análises contemporâneas de autores como Alexandre Alves, Diva Cunha e Vicente Serejo.

“Com esta iniciativa, o Governo do RN reafirma o compromisso com a valorização da cultura e da literatura como alicerces da identidade potiguar”, ressaltou o diretor-presidente da Fundação José Augusto, Gilson Matias.

Disponível em formato físico e digital, o volume conta com cerca de 600 páginas.

Palmyra Wanderley: poesia e resistência

Nascida em 1894, Palmyra Wanderley deixou um legado que une sensibilidade lírica e crítica social. Membro da Academia Norte-Riograndense de Letras desde 1936, onde teve Auta de Souza como patrona, a autora foi pioneira em sua época, idealizando em 1914, junto com Carolina Wanderley, a revista Via Láctea, um marco na luta por igualdade de gênero no estado.

Com Roseira Brava, Palmyra conquistou a crítica nacional, sendo elogiada por grandes nomes como Tristão de Athayde e Andrade Muricy. Hoje, sua obra continua a dialogar com o presente, abordando temas universais e eternizando sua voz como uma das mais importantes da literatura potiguar.

Evento celebra o legado literário

O lançamento contou com uma mesa-redonda composta por Alexandre Alves, Diva Cunha e Vicente Serejo, que fizeram a análise da relevância de Roseira Brava em textos presentes na nova edição. A orelha do livro, assinada pela poeta Regina Azevedo, reforça o diálogo entre gerações da poesia potiguar. Também participaram do lançamento as secretárias Mary Land Brito (Secult) e Solange Portela (Turismo).