Estudantes simulam a COP 30 em Natal e mergulham nos desafios da crise climática global
Na simulação da conferência, os alunos assumiram o papel de países, ONGs e setores industriais, negociando acordos e propondo soluções para os desafios ambientais.

A COP 30, que será realizada no Brasil em novembro deste ano, chegou mais cedo para os estudantes do Colégio Porto, em Natal. Os alunos participaram de uma mini simulação da conferência internacional sobre mudanças climáticas, como parte da programação do projeto interdisciplinar HUMANITAS 2025. O evento envolveu exposições científicas, debates temáticos, apresentações culturais e uma imersão no universo das negociações ambientais globais.
Com o tema “Ciência, povos, presente e futuro na COP 30”, o projeto propôs aos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental à 2ª série do Ensino Médio refletir sobre questões como o papel da Amazônia no equilíbrio do clima, financiamento internacional, desmatamento zero e transição energética. A ideia foi construir um espaço de aprendizado onde o conhecimento científico se transforma em ação cidadã.
Na simulação da conferência, os alunos assumiram o papel de países, ONGs e setores industriais, negociando acordos e propondo soluções para os desafios ambientais. “Esse trabalho é muito importante para a gente entender que, não só para o Brasil, a transição energética é fundamental para o mundo inteiro. Ele reflete questões climáticas, sociais e econômicas”, destacou Maria Eduarda Sarmento, aluna do 1º ano, que representou o Brasil nas discussões.
Além das negociações, os estudantes apresentaram pesquisas em forma de banners e slides temáticos. A aluna Ana Carolina Barros, da 2ª série, contou que sua equipe estudou o cenário atual do financiamento climático internacional. “A gente viu que os países mais desenvolvidos são os que mais financiam, mas colocam seus interesses à frente das necessidades dos países que realmente sofrem com as mudanças climáticas. Isso abriu os nossos olhos”, afirmou.
O evento também teve espaço para produções artísticas e literárias, como o Farol Literário e um show de talentos que encerrou a programação. Para os mais jovens, como Ruy Barbalho, do 6º ano, o destaque foi a construção de uma linha do tempo e de uma maquete sobre a história e os costumes da Amazônia. “Entendi que esse tema foi escolhido porque a Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e é muito importante para a COP 30 que vai acontecer em Belém”, explicou.
A orientadora pedagógica Kennia Ísis reforça que o HUMANITAS é uma oportunidade para os alunos vivenciarem o conhecimento na prática. “É importante debater temas de relevância mundial no cenário escolar. Isso contribui para a formação de cidadãos conscientes e protagonistas. Aqui, o conhecimento científico é posto em prática”, afirmou.
Ao conectar ciência, arte e cidadania, o Colégio Porto proporciona aos estudantes uma vivência transformadora — e coloca a educação ambiental no centro da formação das próximas gerações.